sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Síndrome do Pânico

"Eu ia tranquilamente para o meu trabalho, dirigindo o meu carro, como sempre faço, quando de repente meu coração disparou, tive dores no peito, parecia que ia sufocar, comecei a transpirar, sentir tonturas, minha visão ficou embaçada, tive muito medo: medo de perder o controle, achei mesmo que ia morrer ..."
        A descrição acima, feita por uma analista de sistemas, mostra uma pessoa sentindo um medo súbito, sem causa aparente. Tal grau de ansiedade seria compreensível num assalto a mão armada, por exemplo. Quando essa ansiedade surge espontaneamente, chamamos de "Ataque de Pânico". Os sintomas de um Ataque de Pânico surgem subitamente, sem nenhuma causa aparente, têm a duração de vários minutos e é uma das situações mais angustiantes que podem ocorrer a uma pessoa.
        Sabe-se que 20 em cada 1000 adultos terão Ataques de Pânico alguma vez na vida.
        Após cada Ataque de Pânico, o medo de ter uma nova crise aumenta gradualmente, e a pessoa passa a evitar as situações em que eles ocorreram. O medo e a insegurança nestas situações podem atingir tamanhas proporções que a pessoa com Síndrome do Pânico pode tornar-se insegura para dirigir um carro ou mesmo por o pé fora de casa. O comprometimento da qualidade de vida pode ser muito grande.
        Felizmente existem formas de tratamento eficazes que resolvem mais de 90% dos casos, em 6 a 8 semanas, com a utilização de medicamentos e formas específicas de psicoterapias.

Dr. Odeilton Tadeu Soares

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